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Ecocardiograma Fetal

O que é ecocardiograma fetal?
O exame de imagem é rápido, indolor e não acarreta em nenhum tipo de risco à saúde da mãe ou do feto. Por meio dele, é possível detectar diversas condições, logo no início da gestação.
O resultado coletado das válvulas cardíacas e músculos do bebê, revela o estado de desenvolvimento de seu coração. Além disso, é possível identificar outros detalhes do funcionamento cardíaco, como a movimentação e fluxo sanguíneo.
Todos esses dados são preciosos para a análise do desenvolvimento fetal.


Quando fazer?
Quando se trata da saúde do feto, o tempo é valiosíssimo. Por isso, o ecocardiograma fetal pode ser realizado no primeiro trimestre de gestação – mais recomendado entre a 18ª e a 28ª semana de gravidez.
Nesta fase, é possível visualizar melhor as alterações estruturais ou funcionais do coração do bebê. Por outro lado, se a gestação é considerada de alto risco, o especialista pode indicar o teste a partir da 14ª semana.


Como o exame funciona?
O ecocardiograma fetal oferece resultado por imagens captadas por meio de ondas sonoras de alta frequência. O procedimento é realizado por um cardiologista pediátrico e dura, no máximo, 30 minutos.
Nele, a gestante deita-se numa maca e é passado um gel em sua barriga, que será espalhado durante a observação. O profissional utiliza um transdutor – que capta as imagens do bebê, assim como um ultrassom obstétrico.
Finalizado o procedimento, as ondas são processadas e convertidas em imagens que devem ser avaliadas pelo especialista.


Ecocardiografia fetal com doppler: para quê serve?
Ouvir o som dos batimentos do bebê, não serve apenas para a felicidade dos pais. Afinal, as batidas também podem indicar alguma anormalidade na saúde da criança, o que enriquece a análise dos resultados do exame.
Outra vantagem da modalidade com doppler é identificar possíveis irregularidades nos fluxos sanguíneos, o que pode indicar problemas no coração e, consequentemente, Síndrome de Down, por exemplo.
De acordo com um estudo realizado na Dinamarca sobre a sobrevivência e mortalidade na Síndrome de Down, existe a prevalência de anomalias cardíacas congênitas em pessoas com Síndrome de Down em 40 a 50%.

O que o exame pode detectar?
Ao contrário de outros testes, como o ultrassom morfológico, o ecocardiografia fetal permite que se identifiquem patologias comuns durante a vida intrauterina, como:
Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE): má formação das estruturas do lado esquerdo do coração, que atrapalha o fluxo sanguíneo no organismo;
Defeito do septo atrioventricular (DSAV): problema na conexão entre átrio e ventrículo, o que complica o funcionamento do órgão;
Dupla via de saída do ventrículo direito: comunicação errada entre às artérias e aorta, o que interfere a nutrição do organismo e sobrecarrega o coração.
Estes são apenas algumas das condições que podem ser identificadas por meio do exame.

As indicações do ecocardiograma
Mulheres que enfrentam uma gravidez de risco estão no primeiro grupo das que precisam realizar a ecocardiografia fetal. O exame também é indicado quando os pais possuem familiares com casos de cardiopatia e para gestantes que foram acometidas por doenças como a toxoplasmose e diabetes.
O uso de medicações como antidepressivos e anticonvulsivantes podem causar problemas ao feto. Então, nessas situações, fazer o ecocardiograma também é necessário.
Conforme observamos, o ecocardiograma fetal é crucial não só para entender o estado de saúde de um dos órgãos mais importantes do bebê, o coração, como também para auxiliar no tratamento de possíveis complicações ainda na gestação.